Para debatermos sobre direitos de motoristas e usuários, é preciso construir um entendimento sobre o ambiente dos aplicativos. Identificar os elementos que formam esse ambiente, entender como se relacionam, tornar clara a importância de cada um e gerar um entendimento de que, apesar dos interesses entre esses elementos serem conflitantes, eles, os elementos, são interdependentes e por isso, para que esse modelo de prestação de serviço de mobilidade prospere, será preciso entender que existe um ponto de equilíbrio, de harmonia, que precisa ser preservado.

Sendo claro, é preciso que interesses desproporcionais de um desses elementos em relação aos outros, não se tornem fatores de rupturas dentro do ambiente e com o tempo venham a inviabilizar a continuidade desse tipo de prestação de serviço e opção de transporte, tão carregado de vantagens para todos os envolvidos.

No ambiente dos aplicativos, o equilíbrio entre seus elementos formadores, está no fato de que existem vantagens para todos nas relações de trocas entre eles.

Qualquer alteração nessa relação de equilíbrio de vantagens, pode gerar uma ruptura nas relações de troca existentes entre algum elementos e se isso ocorrer, havendo perda de vantagens para algum, imediatamente se desencadeará uma reação de paralisação da engrenagem afetada, o que em sequência levará todo o sistema ao colapso.

A imagem ao lado retrata o cenário dos aplicativos, as engrenagens principais são, PLATAFORMAS – MOTORISTAS – USUÁRIOS e outras engrenagens que também afetam o cenário, como as leis, pressão de concorrentes, segurança e etc.

Precisamos desenvolver uma visão ampla e um entendimento realista para que saibamos definir o melhor caminho para o aprimoramento, consolidação e crescimento da modalidade de serviços de transporte por aplicativos de mobilidade urbana.